Com a evolução tecnológica que vem transformando a sociedade nos últimos anos, uma das grandes dificuldades dos estabelecimentos de saúde é falta de integração de informações dos pacientes. São vários sistemas para registros clínicos e assistências. No entanto, a multiplicidade de fornecedores e tecnologias acaba por gerar uma dor de cabeça aos usuários e gestores de TI.

Especialmente a equipe médica precisa de informações ágeis e com mínimo de burocracia na hora de fazer a consulta aos sistemas. No caso do Hospital Celso Pierro da PUC de Campinas, não foi diferente.
Houve uma migração de versões do ERP após 15 anos. Neste processo houve impactos de falta de integração impactando a assistência e o corpo clínico, que precisava das informações passadas e outros dados tendo que consultar dois sistemas diferentes. Isso causava um grande desgaste e tempo de operação, onde a instituição fez um plano de ação para esse cenário. De todas as alternativas, usar a ferramenta de interoperabilidade foi a de melhor custo/benefício.

Neste sentido, foi selecionada a plataforma Fusion de interoperabilidade de dados clínicos. Após a negociação bem-sucedida, deu-se início a implementação. “Quem tem formação técnica, como é o meu caso, sabe perfeitamente todas as horas que foram necessárias para a construção dessa ferramenta”, afirma Margareth Ortiz, Diretora administrativa. Em relação ao investimento Margareth argumenta que “foi adequado levando em consideração todos os benefícios da ferramenta e valor mensal cobrado é razoável”.

A implantação da solução, na visão da área e tecnologia (TI), “Foi uma oportunidade de conhecermos a presteza e o preparo desse parceiro. Alguns desafios aconteceram, mas tudo o que foi solicitado foi atendido” alega Fernando Kosztrzepa Coordenador de TI. “As enfermeiras da TI sabem muito bem como a áreas assistencial reagiria a todos os tópicos estudados e fez várias demandas. Fomos atendidos no prazo e na qualidade esperadas” complementa ele.

Em relação ao prazo de implantação foi acompanhado por reuniões semanais durante os 2 meses de duração. Segundo Silvana Santarena, Adm de Projetos “apesar da alteração do cronograma inicial planejado, devido alteração do escopo inicial e após os ajustes necessários, tudo ocorreu dentro do cronograma previsto, tivemos muito apoio tanto da área técnica da SISQUALIS quanto comercial que nos atenderam com qualidade e rapidez”.

Como todo o projeto traz desafios, este não seria diferente. As grandes preocupações e dificuldades do projeto “e o ponto crítico de sucesso, foi a atividade do mapeamento do Banco de Dados para identificar em quais tabelas do ERP, estavam armazenando determinados documentos. A comunicação assertiva em relação as entregas finais, além do cumprimento do cronograma, fizeram com que os desafios foram superados com excelência” afirma Fernando.

Sendo o Fusion um RES – Registro eletrônico de saúde, um sistema que contempla todas as informações dos pacientes provenientes de diferentes sistemas, é de suma importância a visão dos médicos do corpo clínico. De um modo geral, consideraram como positiva a ferramenta por trazer informações que antes não tinham, ajudando muito na agilidade do atendimento e contribuindo para melhorar a hipótese diagnóstica e início do tratamento. Além disso, nos casos de pacientes crônicos ou com comorbidades, a amplitude de informações geradas pela Interoperabilidade de dados clínicos foi crucial.
Silvana finaliza dizendo que a “equipe teve um ótimo desempenho, todos contribuíram para o sucesso e execução das atividades, além da ótima parceria com a SISQUALIS e conseguirmos atingir o produto final com sucesso: ferramenta de interoperabilidade implantada”.Como visão de futuro cabe comentar que a “possibilidade dessa interoperabilidade abre portas para outros projetos dentro da área de TI e até outras áreas do Hospital. O Serviço de Prontuário trabalha atualmente com 1.180.000 prontuários físicos e precisamos pensar numa estratégia de vencer esse desafio. Essa tecnologia nos dá esperança e novas ideias” conclui Margareth Ortiz.