A área da saúde tem atravessado diversas transformações digitais. Cada vez mais, o setor tem buscado Novas soluções para redução de custos, otimização e ganho de tempo e formas de otimizar e facilitar o fornecimento de mais informações que ofereçam suporte aos médicos e pacientes. 

Com base neste quadro, facilitar a integração de dados clínicos tornou-se uma necessidade para a saúde como um todo. Dentro disso, a interoperabilidade surge como peça fundamental e aliada no apoio aos sistemas de saúde. Esse tema, bastante discutido na saúde, permite a troca de dados entre diferentes ferramentas e plataformas utilizadas para armazenar informações dos pacientes, proporcionando resultados mais eficientes no cuidado clínico. Mas, como é na prática? 

De uma forma geral, existem plataformas no mercado que funcionam como um ecossistema digital de saúde, fortalecido pela interoperabilidade entre softwares. Neste contexto, o objetivo é prover um atendimento de ponta a ponta entre médico e paciente, garantindo fácil acesso às informações necessárias para o tratamento e apoiado pela integração de tecnologias. Tudo isso concentrado em uma só cadeia e em poucos cliques. 

 

Os avanços tecnológicos na saúde durante a pandemia 

A aplicação de novas tecnologias na área da saúde é uma prática que vem sendo adotada pelas instituições nos últimos anos. A crise mundial causada pela Covid-19, no entanto, trouxe mudanças significativas para diversos segmentos do mercado e foi um dos principais catalisadores da transformação digital no setor, que tem intensificado a busca por inovações no suporte médico. 

De acordo com um estudo realizado pela Internacional Data Corporation, o investimento em tecnologias na área da saúde na América Latina deve chegar em US$ 1.931 milhões até 2022, o que equivale a quase R$ 10 bilhões de reais. No último ano, diversos serviços foram implementados e aprimorados, como consultórios inteligentes, prontuários eletrônicos, serviços de telemedicina e plataformas de prescrição digital. Com a aplicação e o desenvolvimento destas ferramentas, a implementação da integração nos sistemas de saúde ganha ainda mais força. 

 

Interoperabilidade é o suporte que faltava na decisão clínica 

Como já mencionado, o principal objetivo da interoperabilidade é reunir em um só lugar, dados clínicos armazenados em diferentes ferramentas. Isso permite que a assistência médica seja mais assertiva, eficaz, prática e rapida. Diante deste cenário, existem três pontos a serem analisados com atenção: auxílio ao diagnóstico, suporte à decisão clínica e adesão ao tratamento. Mas, como esses pontos são aplicados no consultório? 

Imagine o cenário. Após uma consulta, o médico suspeita que o paciente está com dores nas costas. O profissional realiza então, dois tipos de solicitações: uma prescrição para o tratamento da doença e uma solicitação de exames para investigação complementar desta hipótese diagnóstica. Neste momento, o médico utilizará o prontuário eletrônico, ferramenta responsável pela documentação e auxílio ao diagnóstico. 

A partir deste ponto, deve-se realizar a indicação do tratamento utilizando plataformas de prescrição digital, com acesso a um banco de dados atualizado sobre os medicamentos, e, de preferência, que ofereça suporte à tomada da decisão clínica. Desta forma, o médico terá o suporte necessário para tomar suas decisões, bem como de interações medicamentosas, por exemplo. O paciente, por sua vez, recebe a receita de forma digital ainda no consultório e rapidamente consegue encontrar farmácias próximas e também as que oferecem serviço de televendas e e-commerce para realizar a compra dos medicamentos. 

Em fim, e não menos importante, a tecnologia possibilita, ainda, o acompanhamento do profissional com relação à adesão do paciente ao tratamento prescrito, seja pela telemedicina, ou por softwares que auxiliem neste apoio, finalizando então o ciclo dos três principais pontos da jornada de atendimento ao paciente. 

Conforme o exemplo anterior, conclui-se que estar conectado com estas tecnologias e informações é fundamental para garantir uma maior qualidade no atendimento ao paciente. O grande passo para o futuro, agora, é difundir a interoperabilidade no sistema de saúde nacional, integrando laboratórios, drogarias, clínicas e hospitais às plataformas de prescrição digital, prontuários eletrônicos, bem como outros softwares que possam fazer parte deste ecossistema. Assim, será possível interoperabilizar a cadeia como um todo e fomentar ainda mais a utilização de ferramentas que auxiliem no avanço tecnológico do setor de saúde.